Exercícios cardiovasculares são excelentes para o seu corpo e também para seu cérebro. 

Não há nenhum tratamento médico que possa retardar os efeitos da demência e outros problemas de memória, disse Dr. Julie Brody Magid, Clinical Director of the Memory Disorders Assessment Clinic at Harvard-affiliated McLean Hospital. 

Algumas drogas podem até desacelerar o processo, mas depois que os sintomas já apareceram. 

Porém já existem diversas provas de que o exercício cardiovascular protege o cérebro contra o declínio cognitivo e também ajuda a reduzir os danos já existentes. 

O exercício cardiovascular aumenta o fluxo de sangue para o cérebro, reduz a inflamação e estimula o crescimento de novas células cerebrais.

Por exemplo, ele ativa uma molécula chamada fator neurotrófico derivado do cérebro a BDNF, que ajuda a reparar células cerebrais e criar novas células.

Esse processo tem sido associado com um aumento do hipocampo, que é a região que coleta e armazena memórias.

Um estudo publicado on line por Aug. 20, 2021, da Nature Metabolism mostrou que o hormônio chamado Irisina produzido pelos músculos durante o exercício protegeram o cérebro de ratos contra a inflamação. 

Esse estudo mostrou que a irisina também contribuiu para o controle dos efeitos do Alzheimer. (Apesar do estudo ter sido realizado em ratos os pesquisadores especularam com base em estudos a respeito dos efeitos em humanos).

Os exercícios cardiovasculares ativam a circulação sanguínea na região do cérebro ajudando na luta contra a demência vascular que é causada justamente pelo baixo fluxo sanguíneo no cérebro, também ajuda a limpar toxinas do cérebro, protege contra a inflamação e estimula a neurogênese. 

O exercício Cardiorrespiratório pode te ajudar mesmo que você já tenha problemas de memória  

Nunca é tarde para adotar os exercícios preventivos, (protetores).

A study published online March 23, 2021, by the Journal of Alzheimer’s Disease mostrou como exercícios cardio afetam pessoas com declínio cognitivo precoce.

Pessoas que praticaram exercícios moderados a vigorosos por longo tempo apresentaram melhores resultados em testes cognitivos do que aqueles que fazem apenas exercícios de alongamento. 

Eles desenvolveram mais suas mais habilidades de funções executivas que envolvem planejar e executar. 

Grande parte dos participantes praticavam caminhadas, mas alguns também praticavam natação, pedalada ou dança de salão.

Eles praticaram por 30 minutos, 3 vezes por semana e após 6 meses aumentaram para 5 treinos na semana. 

E não importa o tipo de exercício. 

Um estudo de 2015 descobriu que os implementos de 20 minutos de exercício moderado produziram o impulso cognitivo mais significativo para pessoas não atléticas. No entanto, uma pesquisa no Journal of Sports Science de janeiro de 2021 descobriu que 45 minutos era ideal para ciclistas e triatletas treinados.

Em geral a recomendação é de 30 minutos, 5 dias na semana de exercícios moderados a intensos. 

Dr. Brody Magid, sugere misturar seus exercícios cardiovasculares com intervalos e intensidades variados. Sempre que possível tentar atividades novas e desafiadoras. Por exemplo, se você costuma fazer caminhadas tente nadar. 

Além disso, considere exercícios que incluam estimulação mental e desafios. “Eles podem trabalhar suas habilidades mentais enquanto você trabalha seu corpo, diz.

Por exemplo, o boxe (sem contato) você tem que se concentrar e manter o foco. Assim como esportes de raquete como tênis ou squash, você precisa reagir e rapidamente, planejar e executar seu retorno. 

“A conclusão é que quando se trata de cérebro e exercício, qualquer movimento é melhor do que nenhum, e quanto mais você se move, mais você aumenta e protege seu cérebro”.

Fonte: Harvard Health